Testemunhos

Bárbara Van Zeller – França (Bordéus)

Vitivincultura

O meu nome é Bárbara Van Zeller, tenho 21 anos e sou do Curso de Vitivinicultura. Durante um período de 3 meses fiz Erasmus em França na cidade de Bordeaux, na qual o meu local de estágio decorreu em Blanquefort na empresa cujo nome é “Château Dillon”.

Bem, Bordeaux é conhecida como sendo a cidade do vinho e está localizada no sudeste de França. A meu ver é muito organizada, principalmente, a nível de transportes e aí posso já dizer que foi fácil de habituar-me. No entanto, no que toca à cultura, as coisas já foram diferentes, posso dizer que, no início, foi um pouco complicado, pois tive de adaptar-me a costumes um pouco diferentes daqueles que vivia e estava habituada em Portugal, como por exemplo, a língua, a comida, os preços, a maneira como olham e falam para as pessoas, a forma de cumprimentar. Tudo isto me deixou um pouco equivocada. Mas com o passar do tempo, as dificuldades no geral começaram a ganhar outro ânimo e cada vez mais sentia-me capaz de fazer as coisas com um sorriso na cara.

Em relação ao meu local de estágio, a região de Blanquefort ficava mais ou menos a 1 hora no local onde estava alojada. Não me posso queixar. Era um local bastante acessível. Tinha dois meios de transportes para chegar lá, quer de bus quer de tram. Como já referi inicialmente foi fácil de adaptar-me.

O que posso dizer acerca da empresa onde estagiei, no geral, é uma boa empresa. As pessoas são simpáticas e maior parte delas estavam sempre disponíveis para ajudar. Aprendi muito, sim! Sem dúvida! Ganhei e apreendi uma nova visão teórica, mas principalmente prática do processo de vinificação, ou seja, estive presente em todas as fases do processo, quer no início – a vindima até ao produto acabado – o engarrafamento e embalamento das garrafas de vinho.

Foi uma experiência muito enriquecedora, cresci muito profissionalmente e pessoalmente. Ao longo do estágio passei alguns dias na qual eu só me queria ver livre de tudo e de todos, basicamente passei pelas dificuldades habituais que cada “recém-nascido” ao mundo do trabalho passa e que por um lado ainda bem que passa. Digo isto porque só assim temos a ideia geral do que é que os nossos parentes ou melhor, as pessoas mais velhas, ou seja, com mais experiência, passam dia após dia. Foi uma AVENTURA!

Acho que toda a gente devia fazer Erasmus. Devia ser obrigatório! Para muitos, representa o primeiro corte umbilical, obriga-nos realmente a crescer. De repente, vemo-nos sozinhos num outro país e temos de nos fazer à vida. Gerir o dinheiro, tratar da casa, ter uma data de responsabilidades novas. E depois o lado humano, claro, o mais importante. Conhecer gente de todo o lado, habituarmo-nos a outros hábitos e culturas, partilhar experiências, exercitar a paciência, a tolerância, sair da nossa zona de conforto. Além disso, acho que ter uma experiência Erasmus no currículo é valorizado pelas entidades empregadoras. Significa que quem o fez tem espírito de aventura, capacidade de adaptação, de integração, de comunicação, o domínio de outra língua, etc.

Por cada passo que damos na vida vamos sempre passar por diversas dificuldades, mas também adquirimos mais valores e ganhamos muita responsabilidade. Nunca se esqueçam, “QUERER É PODER!”

Dez portugueses "perdidos" em Bordeaux

 

Jorge Batalha – França (Bordéus)

Agropecuária

Eu chamo-me Jorge Batalha, tenho 19 anos e terminei o meu curso de Agropecuária - Variante Vegetal. Estive a estagiar na adega "Chateux Dillon" em Bordéus, França.

 A minha adaptação inicial a língua foi um pouco complicada, pois, apesar de já ter tido Francês na escola, nunca é fácil começar a falar uma língua diferente diariamente, apesar de essa ser uma das maiores barreiras que enfrentamos, também a podemos superar facilmente se tivermos gosto em aprender, pois a língua francesa tem várias parecenças com o português.

É muito fácil adaptarmo-nos à cidade de Bordéus, pois é uma cidade totalmente organizada, mesmo a níveis de transportes temos fácil acesso e barato, podendo nos deslocar para onde quisermos sem termos que andar muito a pé.

Apesar de não ter muito conhecimento sobre a vinificação, foi muito fácil adaptar-me ao local de estágio, pois todos os trabalhadores estavam sempre dispostos a ajudar no que fosse preciso e a explicar as funcionalidades das máquinas e tarefas. Eu não tive uma tarefa mais comum no estágio, porque como apanhei todo o processo de vinificação tinham que ser feitas em certas alturas, não se repetindo mais depois.

 Acho que esta experiência, é uma mais valia para nós não só a nível cultural como a nível profissional e social. Uma forma única de enriquecer a nossa vida e de nos ajudar a ser nós próprios, pois lá aprendemos a ser individuais.

 

Mariana Costa – República Checa (Praga)

Turismo Ambiental e Rural

Olá! Mariana é o meu nome, tenho 21 anos e terminei o curso profissional de Turismo Rural e Ambiental.

Tive a sorte de ter sido selecionada para este projeto. Neste momento estou na República Checa em Praga, onde sou recepcionista num hostel. 

Estou grata por esta oportunidade apesar de não ser o país que escolhi! Adaptei-me rápido, melhorei a minha capacidade a nível de inglês, fiz novos contactos e ainda aprendi a dizer expressões checas e russas! 

Se tiveres a sorte de ser selecionado/a, agarra a oportunidade e faz proveito dela da melhor maneira que conseguires! Eu, por exemplo, acho que já não há nada, que eu desejasse fazer, pois fiz tudo o que queria, aprendi o suficiente que queria e ainda fiz boas amizades!

A experiência será sempre fantástica, se quiseres!

                                                                           A Mariana em Praga

 

Hugo Oliveira – Chipre (Limassol)

Agropecuária

Para começar chamo-me Hugo Oliveira e tenho18anos. Terminei o curso de Técnico de Produção Agropecuária (vertente vegetal). A minha mobilidade decorreu no Chipre, mais especificamente na cidade de Limassol. O local onde estagiei foi na Hadjipieris Organic Farm, uma empresa familiar.

Relativamente à minha adaptação inicial à cidade achei fácil, uma vez que é muito parecido com Portugal. Já em relação à língua foi um pouco mais complicado, mas com o tempo fui aprendendo algumas palavras soltas que me ajudaram a perceber o que algumas pessoas que não falavam tão bem inglês estavam a tentar dizer. No meu local de estágio também não foi muito fácil no início. Não por o local ser mau, mas sim porque dos dois trabalhadores que havia apenas um falava um pouco de inglês. Já o outro só falava em grego. Mas, com o tempo e com as palavras que aprendi consegui falar e perceber o que ambos queriam que eu fizesse.

No meu local de estágio, as minhas tarefas mais comuns eram retirar ervas e apanhar tomate, mas também fiz outras tarefas, como por exemplo, vindimar, apanhar azeitona e retalha-la, plantar diversas plantas, entre outras tarefas.

Para finalizar, queria dizer que gostei muito de poder participar neste projeto e nesta aventura que nos foi proposta. Recomendo a todos os que tiverem a oportunidade de participar neste projeto, que o façam, pois não se irão arrepender.

O Hugo Oliveira com os colegas de trabalhos em Chipre

 

Marco António Rocha, 20 anos, Agropecuária

Espanha (Sevilha) - Centro Equestre Carlos Espigardes   

Nesta minha experiência de Erasmus foi muito boa. A adaptação à cidade foi rápida e à língua também. Da minha experiência, o que posso contar é que estou extremamente encantado. Sevilha é uma cidade muito bonita. Uma outra maneira de viver e de ver umas coisas que são completamente diferentes de Portugal. É um país e uma cidade muito moderna e evoluída em termos de mentalidade. Aqui, a diversão começa de manhã e só acaba à tarde.

A adaptação ao local de estágio ainda foi mais rápido sendo que estava a fazer coisas que já fazia antes de vir para esta aventura - fazer camas, preparar cavalos , varrer e passar cavalos à guia. Eu vim para um centro hípico onde se dá aulas e onde eu passo os dias todos a fazer a mesma coisa, sem evoluir. Isto é algo que deveria ser visto melhor antes de vir. Sendo que vim para uma cidade nova para vir aprender coisas novas, maneiras e técnicas de trabalho novas e isso não aconteceu. Tive pena de não ter acontecido, mas posso dizer que saio de lá com boas amizades, nomeadamente de uma trabalhadora, como do resto da equipa e, principalmente, de uma rapariga que está a fazer estágio, uma com a qual eu me dei muito muito bem e tenho a certeza que vou levar a amizade dela.

Falando dos meus companheiros de casa. Posso dizer que vou levar muitas boas recordações no meu coração. Tive o prazer de ter na casa uma rapariga de seu nome Mariana de Fafe, que foi muito, muito bom conhecê-la e sei que a posso levar comigo. Partilhamos muitas coisas e cresceu uma boa amizade. Tive também o prazer de fazer o estágio com outro português que vivia na mesma casa que eu, também temos boas recordações tanto no trabalho como no resto.

E esta foi a minha experiência de Erasmus.