Testemunhos

Ana Aguiar (Grécia – Rethymno)

Turismo Ambiental e Rural

 

Através deste projeto sinto que o meu currículo beneficiou, o meu perfil profissional e pessoal também!

A integração no início não é fácil porque somos recém-chegados a um sítio longe e diferente da nossa zona de conforto, com um idioma diferente, onde somos completamente desconhecidos e onde não conhecemos o destino, mas é aí que começa a verdadeira aventura deste projeto.

O que realmente custou mais foram as primeiras 2 semanas porque era tudo completamente novo e diferente e, por vezes, sentia medo em me expressar por ter medo de não falar corretamente Inglês.

Com o tempo, numa receção de hotel, fui ouvindo e aprendendo mais, não só Inglês, como ainda aprendi algumas palavras e os números em Grego. Lembro-me que no 1 dia de trabalho aprendi a mexer no sistema do hotel completamente em Grego e no 2 dia já mexia sozinha no sistema a fazer os 'Registrations Cards'.

Quando não sabemos e temos dificuldades não podemos de todo baixar os braços e esperar que algo aconteça e que mude isso porque a mudança está em nós e parte de nós.

Nestes últimos meses, com esta experiência, aprendi bastante e acho que, no meio disto tudo, a nível pessoal, saímos daqui pessoas melhores e pessoas capazes de enfrentar o que vier. 

Ana Aguiar em Rethymno

 

Joana Antunes (Chipre – Limassol)

Turismo Ambiental e Rural

 

A minha experiência no estrangeiro está a ser um completo desafio.

Estou na cidade de Limassol no Chipre. O meu local de estágio é no Hotel Pefkos City, onde estou a exercer funções na área da receção.

Ao início foi complicado adaptar-me ao país, pois têm uma cultura um pouco diferente. A língua, a comida, a maneira como olham e falam para as pessoas, a forma de cumprimentar, tudo isto nos deixa um pouco estranhos ao primeiro contacto.

Um dos meus grandes desafios, no início, foi saber como poderia atravessar as estradas, porque em Portugal eu não sou capaz de atravessar uma estrada sem ir à passadeira, pois não me sinto segura. Aqui, para além de conduzirem ao contrário de Portugal, existem poucas passadeiras, principalmente na zona onde estou a morar. Já passaram dois meses e ainda tenho dificuldade em passar as estradas.

Em relação à partilha de casa infelizmente tive uma má experiência. Quando me inscrevi no programa já sabia que partilhar casa nem sempre é fácil, pois cada um tem a sua forma de viver e de estar. Mas nunca pensei que isso pudesse passar para a má educação. Estive bastante mal durante semanas, tentei mudar e fazer com que tudo melhorasse, mas já não era capaz de mais, pensava que estava a entrar num estado de depressão. Chorava todos os dias, não tinha forças para fazer nada nem sair da cama e isto afetou o meu desempenho no trabalho. Até que tive de contactar com as parceiras em Portugal e pedir uma solução que fosse o mais rápida possível. Deram-me bastante apoio e foram excelentes na resposta ao problema. Mudei de casa e estou a morar com quatro rapazes gregos que são excelentes comigo, sempre atenciosos e preocupados.

O meu estágio, confesso que ao início os dois primeiros dias foram complicados, porque me disseram para ficar sentada na sala de espera a observar a receção, para aprender a forma como trabalhavam. Senti-me um pouco estranha, porque estava habituada a ter uma boa interação nos meus estágios em Portugal logo no primeiro dia. Mas depois aos poucos e poucos fui conhecendo melhor os trabalhadores, fui aprendendo as tarefas a desenvolver.  Agora, passados dois meses, faço tudo sozinha na receção. Inclusive já me fizeram várias vezes pedido para ficar a trabalhar.

Na minha opinião, esta mobilidade é excelente, dá-nos a oportunidade de abrir os horizontes, conhecer novas pessoas, diferentes culturas, diferentes línguas, mas, acima de tudo, faz-nos crescer como pessoas e profissionais.